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Literatura

BRASIL: Passando a Copa a limpo
Cláudia de Villar

Nada mais representa a cara do nosso país do que ver o povo nas ruas. Seja para uma manifestação política ou esportiva. E esse ano nós tivemos muitas demonstrações de patriotismo e esportividade. O Mundial balançou os corações dos brasileiros antes mesmo de balançar as redes. Tivemos muitos protestos relativos aos gastos com a Copa. Por esse motivo, estamos aqui para passar a Copa a limpo.

Um dos motivos de protesto está a Educação. E quando tocamos nesse ponto estamos também falando da educação brasileira. Educação abrange muito mais do que escola, cadernos e professores em sala de aula. O que o nosso país poderá mostrar aos visitantes de outros países sobre a sua educação cultural? Quais são os nossos ídolos na Educação? Quais são os nossos pensadores, nossos professores e nossos escritores?

Ah... Os nossos escritores. Quem são os escritores e as obras símbolos do nosso país. Qual obra cada algum dos milhares de brasileiros torcedores recomendaria aos visitantes? Eis uma pergunta difícil. O governo além de shows musicais e de exaltar as belezas naturais de cada cidade programou-se para exaltar algum evento cultural ligado às letras? Por que, além de exaltar a beleza das mulheres brasileiras, da comida e da geografia do nosso país não percebemos uma exaltação à cultura literária de nosso país? O exemplo vem de cima.

Vejam que quando um chefe de governo vem ao nosso país levam de lembrança tantas coisas, menos um livro. Não levam a nossa produção artística sob a forma de palavras. Nem os chefes de governo e nem os visitantes. Quando os turistas chegam ao nosso país são levados a admirar as praias, as montanhas, as mulheres, a comida, a música e a literatura? Também é arte. Ou não? Por que a literatura não é exaltada? Onde estão os nossos escritores? A Literatura não representa o nosso país? Nem na mídia percebemos essa publicidade para com os escritores e suas obras. Um país tão rico como o nosso é de se duvidar que não haja “uma criatura” sequer de representante da nossa literatura. Não escrevemos a nossa história? Onde ela está sendo registrada? Não escrevemos as nossas ilusões? E a nossa criatividade letrada, cadê?

Portanto, ao passar a limpo a nossa Copa (NOSSA, PORQUE ESTÁ SENDO REALIZADA AQUI EM NOSSO PAÍS), quais registros literários estão sendo feitos? Ou algum jogador, repórter ou jornalista está pensando em lançar um livro sobre as peripécias da Copa no Brasil e seus craques após o Mundial terminar? Ah... Aí vendará milhares de exemplares. Torcedores fanáticos e outros tantos amigos e simpatizantes da causa futebolística lotarão livrarias, esgotarão os exemplares, que certamente será apresentado por uma mídia televisiva aos domingos à tarde, como uma excelente aquisição literária. Será uma obra repleta de fotos e depoimentos de jogadores, comentaristas, técnicos e assim por diante. Não que não seja válido termos uma obra que faça uma retrospectiva da Copa, mas e antes? Por que ir para as ruas e gritar: “Queremos mais Educação! Queremos uma Educação de qualidade!”, se a qualidade não passa por nossa mente e nem é prioridade em nossa vida diária? Não basta gritar, temos que realizar!

Para você, se passarmos a limpo a Copa e registrássemos tudo numa obra literária, qual título esse livro teria?


23/06/2014

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  Cláudia de Villar

Cláudia Oliveira de Villar é natural de Porto Alegre/RS e atua desde 2000 como professora de séries iniciais do ensino fundamental em escola pública estadual. Possui doze livros publicados, sendo dez para o público infanto-juvenil e dois para adultos: Eu também... (Alcance, 2005, infantil), Bola, sacola e escola (Manas, 2009, infantil), Zé Trelelé no Gre-Nal (Manas, 2010, infantil), Uma foca na Copa (Manas, 2010, infantil), Meu Primeiro Amor (Manas, 2011, infantil), Aprendendo a viver e ensinando a sonhar (Manas, 2012, adulto), Rambo, um peixe no fandango (Manas, 2013, infantojuvenil), Mano e a boneca de pano (Manas, 2013, infanto-juvenil, O Mistério do Vento Negro, volumes I e II(Imprensa Livre, 2014-2015, juvenil), Um Continho de Natal(Metamorfose, 2016) e o lançamento de 2018: Histórias para ler no Intervalo ( Metamorfose, 2018). Participou de três antologias, Brasil Poeta (Alcance, 2005), Casa do Poeta Rio-Grandense (Alcance, 2005) e Mercopoema (Alcance, 2005) e uma coletânea de contos, Metamorfoses (Metamorfose, 2016). Além do curso de Magistério, Cláudia é graduada em Letras, especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar. Atua no meio educacional também como mediadora de leitura e, como jornalista colaboradora, a escritora é colunista do Jornal de Viamão/RS, bem como escreve para o portal Artistas Gaúchos, Homo Literatus e Almanaque Literário.

claudiadevillar@yahoo.com.br
www.claudiadevillar.com.br
www.facebook.com/claudia.devillar


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