A livraria é o sonho de consumo de qualquer leitor.
Aquelas prateleiras que vão até o teto cheio de títulos fazem nossos sentimentos entrarem em colapso. Mas logo que você passa o livro na máquina para verificar o preço é aquele banho de gelo. Um livro que hoje custa R$30,00 na loja física pode custar pelo menos R$7,00 mais barato na online. Mesmo assim pode-se alegrar que precisamos pagar frete, mas agora vou dar algumas dicas para vocês verem como pode valer a pena mesmo assim:
1- Você paga metade do valor no mesmo título:
Hoje eu já penso que é muito dinheiro pagar R$30,00 em um livro desde que descobri o site da Amazon aqui no Brasil. Eles têm milhares de títulos e muitos deles pela metade do valor, alguns deles chegam a descontos de 80%. O frete custa no máximo R$7,00 e compras acima de R$70,00 a entrega é grátis para a região Sul.
2- Mesmo com o frete, o livro sai mais barato:
Outros meios de compra que eu uso são do Submarino, quando há promoções relâmpagos, ou Saraiva.com que peço a entrega na loja, porque assim não é cobrado frete.
3- Você sempre se surpreende com a entrega:
Mesmo você sabendo que comprou e o que comprou, é sempre aquela festa na hora que chega o carteiro com a sua encomenda. Você tem vontade de abraça-lo junto com o pacote. Mas eu bem sei que quando você entra no seu quarto, abraça os livros e ao retirá-los do pacote você os cheira. (Sim, porque eu também faço isso).
4- Seu computador vai entender se você ficar uma hora no mesmo site pesquisando:
Quem nunca foi mal atendido em uma livraria? Principalmente quando o estabelecimento está cheio. Alguns atendentes não tem paciência se você chega com uma lista de mais 3 títulos para procurar. Já em casa, ninguém vai te importunar se ficar pesquisando o mesmo livro em sites diferentes, ou se fizer uma pesquisa de muitos títulos.
5- Os livros que você um dia não teve dinheiro para comprar, depois de um tempo, vão estar só em lojas online:
Eu, pelo menos, canso de não encontrar livros desconhecidos em lojas físicas. Às vezes me parece que apenas os “modinhas” estão em destaque.
6- Você não precisa ter trabalho de quebrar a cabeça com a organização das livrarias nas estantes:
Por último, não sei qual a estratégia de venda utilizada na logística das livrarias, mas eu sempre canso na hora de procurar muitos livros, talvez porque a organização é por sobrenome de autor, sempre acabo esquecendo algum. Em casa é sempre mais prática e específica a pesquisa por um livro.
Mas nunca deixe de ir às livrarias, é sempre acolhedor tocar em um livro. Todas as vezes que tenho a oportunidade dou uma zapeada pelas livrarias locais, às vezes encontramos raridades escondidas nas prateleiras.
Ótimo depoimento e que deve fazer nós, escritores e editores locais, que lutam pela bibliodiversidade, pensar. A Amazon simplesmente não recebe livros de novas editoras, assim como a Estante Virtual e, ao que eu saiba, a Saraiva. Estamos todos condenados ao desaparecimento? E as livrarias locais, então?
Vale lembrar que a Amazon inclusive tem sido processada em alguns paÃses por essa prática de baixar os preços dos livros, subsidiando-os até quebrar o mercado concorrente.
PS: escrevo isso não para criticar o texto da Katiuscia, que reflete um pensamento correto dos leitores, e sim para criticar o mercado e a ausência de polÃticas que o regulem.
Marcelo Spalding, Porto Alegre 03/02/2015 - 11:51
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