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II Encontro com Escritores da Metamorfose: um dia para ser escrito
Cinthia Dalla Valle


O dia 04 de dezembro de 2021 marcou a história da Metamorfose e de cada aluno que faz parte dessa comunidade em prol da escrita. Nesse dia, aconteceram a entrega dos certificados aos alunos do Curso de Formação de Escritores e o II Encontro com Escritores da Metamorfose.
 
O cenário dessa história foi o Multipalco do Theatro São Pedro de Porto Alegre/RS. Os personagens foram todos que estiveram presentes e os alunos e professores que não puderam estar conosco, mas que torceram e contribuíram para que o evento fosse inesquecível. 
 
 
Os sorrisos ficaram escondidos, cada qual na sua própria máscara, mas estavam lá espichando os olhos e fazendo-os brilharem de uma forma impressionante. Os abraços presenciais, depois de tanto tempo virtuais, roubaram a cena do teatro. Os ouvidos atentos às experiências e conselhos dos autores convidados, as trocas, as expectativas todas reunidas deram o tom de dia especial a cada um que lá estava. 
 
Para deixar o dia ainda mais completo, Marcelo Spalding mediou três mesas incríveis com escritores que falaram sobre processo criativo, carreira de escritor e mercado editorial. Antonio Hohlfeldt, escritor, professor universitário, jornalista e presidente da Fundação Theatro São Pedro, dividiu a primeira mesa com Luiz Paulo Faccioli, escritor e crítico literário do jornal Rascunho. Depois de Luiz Paulo ter encantado a todos com uma apresentação impecável no piano, os autores falaram sobre suas memórias, seus sonhos de escritor, suas trajetórias e o que ainda pretendem realizar na carreira. 
 
Durante a conversa, Hohlfeldt lembrou que só escolheu o curso de jornalismo movido pelo sonho de se tornar um grande escritor. Considera que não foi o escritor que idealizou, mas acredita que ainda pode ser. Além disso, o mais importante, segundo ele, é poder ajudar as pessoas a serem os escritores que sonham ser.
 
Luiz Paulo, por sua vez, compartilhou as suas inspirações como escritor, boa parte vinda da música e das artes. A música, para ele, é uma fonte inesgotável de ideias e possibilita exercícios que levam à escrita, como reinterpretação de canções, criação de contos a partir de uma música, como ele próprio fez com as canções de Chico Buarque no livro “Trocando em miúdos” (2008).
 
A segunda mesa foi composta por Cíntia Moscovich, escritora premiada, jornalista, mestre em Teoria Literária e ministrante de oficinas de criação e de produção textual, juntamente com Júlia Dantas, editora, tradutora e doutora em Escrita Criativa e por Michele Vaz Pradella, repórter e colunista dos jornais Diário Gaúcho e Zero Hora.
 
Michelle lembrou da importância de fazer cursos de escrita para saber sobre o que escrever. Por meio dos cursos que fez, incluindo o da Metamorfose, ela conseguiu criar o hábito de observar para escrever, já que no início ela tinha uma certa dificuldade por sempre ter trabalhado com fatos no jornalismo. 
 
Julia, por sua vez, contou que sempre teve uma rede de networking que a ajudou na sua carreira, mas nada do que ela conquistou seria possível se ela não tivesse material para mostrar. Para uma editora publicar o seu livro, para ganhar ou se classificar como finalista de um concurso literário ou para iniciar a carreira de escritor, a pessoa precisa produzir, ter textos para mostrar. 
 
 
Questionada sobre o papel do ritmo na sua escrita, Cíntia acredita que o ritmo nasce junto com o texto. Ela não ouve música enquanto escreve, mas, como tem a música sempre presente na sua vida, dá muita importância para o ritmo do texto. Segundo a autora, o ritmo é composto e definido pela pontuação, pelo tamanho das frases e pelo andamento que se deseja que o texto tenha. Toda frase tem que ter um ritmo implícito. Outro assunto que a Cíntia levantou foram os exercícios de concentração antes de escrever, como se fosse uma afinação do cérebro. Ela lê, faz pausas e evita o contato interpessoal nesses intervalos. A autora compartilhou conosco o atual momento da sua carreira, marcado por uma alta exigência por parte dela. Como sonho de escritor, ela ainda quer escrever uma obra-prima. 
 
A terceira mesa foi formada por Ana Mello, poeta e cronista, com 7 livros individuais publicados, especialista em Educação a Distância pela PUCRS, e professora da Metamorfose, por Rodrigo Rosp, mestre e doutor em Escrita Criativa pela PUC/RS e editor da Dublinense, e por Tônio Caetano, egresso do Curso Livre de Formação de Escritores da Metamorfose, servidor público municipal, especialista em Literatura Brasileira pela PUCRS e vencedor do Prêmio Sesc 2020 na categoria contos (“Terra dos cabelos”).
 
Ana nos contou que encara cada livro como um projeto. Por exemplo, no caso dela, o livro “Minicontando” veio de um projeto que era o blog com os textos. Depois, ela projetou poesias da sua janela durante a pandemia e esse projeto virou outro livro, “Poesia Projetada”. O fato de enxergar cada obra por este ângulo torna o livro uma coisa maior, de mais valor agregado. E ela não se importa se vão criticar ou não os seus livros, o que a motiva é a vontade de escrever, de publicar e de ajudar outros escritores, é essa a felicidade, segundo ela.
 
Rosp, por sua vez, por ter uma vasta experiência como editor dentro de sua própria editora, compartilhou pontos importantes sobre o mercado editorial, sobre os concursos literários e sobre os livros. Segundo ele, o tempo de um livro é um tempo diferente de tudo o que existe. Depois de ser publicado, é raro que em menos de um ano alguma coisa importante aconteça com o livro. Por isso, o autor precisa ter muita paciência e lidar com a ansiedade com conhecimento, ou seja, quanto mais se sabe sobre o assunto, menos se sofre pela ansiedade. Outro ponto levantado por Rosp é que um livro é um produto, por mais que o autor não o veja dessa forma. Por essa razão, é importante que os escritores encarem com seriedade a sua marca e os seus produtos, ou seja, os seus livros. 
 
Tônio também falou sobre a carreira de escritor. Para ele, é importante olhar a longo prazo para as metas e objetivos. Outro ponto abordado por Tônio foi a responsabilidade e o papel social do escritor, considerando que ele sempre entrega alguma coisa ao leitor, mesmo que a ideia seja escrever sobre seus próprios sentimentos. Ele sempre toca o outro de alguma forma. Tônio separa o lugar da criação, mais livre, e o lugar da recepção, que é como vão receber o texto. É nesse último ponto que mora a responsabilidade do autor, que terá de responder pelo que cria. Tônio levanta a importância de saber de onde partem os textos, de um lugar mais no sentido da literatura, mais conceitual, ou de um lugar mais pessoal, com questões internas, do corpo, dos sentimentos. É nesse último que os textos atingem as pessoas, desse mesmo lugar. Elas se reconhecem com o que o autor escreveu.
 
 
Todas essas conversas renderam perguntas e discussões interessantes, tanto é que vamos criar artigos a respeito de algumas questões levantadas porque são temas que podem ajudar outros escritores. Aguarde os próximos conteúdos.
 
Alunos que começaram o curso presencialmente e terminaram de forma on-line, alunos que ingressaram já no sistema on-line, de todas as partes do mundo, fizeram deste evento um marco, um rito que não representa o final de um ciclo, mas sim, a continuação dos laços criados e dessas trocas que ensinam tanto. 
 
Não foi preciso vestir toga nem roupa de gala para sentir orgulho do caminho percorrido até aqui. Cada um, com seus próprios desafios e uma pandemia mundial no meio, conseguiu finalizar o curso. Como os alunos já sabem, a Metamorfose não costuma dar nota, mas dessa vez abrimos uma justa exceção. Considerem um dez no diploma que vocês receberam. 
 

 

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