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Feira do Livro de quem?
Paulo Tedesco

As vendas realizadas na Feira do Livro de Porto Alegre estão caindo ao longo dos últimos cinco anos? Sim, os números não mentem. O que motiva esse texto, porém, são os números que não aparecem e também o desejo de expor um novo pensamento, frente ao debate que se estabeleceu sobre os destinos da nossa Feira do Livro.

No ano passado dizia-se que a venda caíra, mas, em seguida, que os valores unitários haviam aumentado. É legítimo imaginar, portanto, que esse ano o fenômeno tenha se repetido, e, muito provavelmente se aprofundado, visto o inegável aumento do poder de consumo de uma boa parcela da população brasileira. Pode-se dizer, então, que o que entrou em queda nas vendas foram os livros importados e impressos na China para crianças (produtos de baixo valor que se encontrava facilmente no comércio informal da cidade)  além de alguns feitos por aqui que até então inflacionavam os números da Feira (algo típico de um país que a muito se arrastava numa crise econômica). 


Em outra frente, não há como esquivar-se diante do jogo de questionar os rumos da Feira, sobre os verdadeiros interesses na publicidade do assunto. A quem interessa questionar a ausência das listas diárias dos mais vendidos? A quem interessa dizer que a Feira perdeu o sentido? Que por haver muito evento paralelo,  somados às novas modas de consumo, acabaram por esvaziar a praça? Tudo leva a crer que somente aos que precisam da estandartização do consumo como alavancador de seus investimentos, é que interessa o alarido. As pequenas editoras e livrarias, os projetos independentes, os autores e autores-editores, a esses o que interessa é a possibilidade de também fazer parte desse consumo, cada vez mais restrito às grandes lojas e centros de consumo.


Ora, a diversidade da Feira e sua feliz adaptação ao tecido da urbe, sua abertura à população sem qualquer tipo de restrição ao ingresso, são os pilares desse importante  evento da cena cultural brasileira. Fica aqui um manifesto em defesa da Feira, da sua tradição e principalmente de sua proposta máxima em promover o livro e a leitura como bens universais e promotores da legítima cultura de um povo.

16/12/2009

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Comentários:

Eu também acho que o nome da Feira e a sua tradição na arte de divulgar o livro e incentivar a leitura, como bens universais que são, devem ser defendidos sempre! Um abraço!
Jefferson Dieckmann, Curitiba - PR 17/12/2009 - 14:31

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