A leitura é libertadora. Ler é ter o poder nas mãos. O poder de ser um cidadão.
Quem lê tem nas mãos um leque de possibilidades. Possibilidade de rir, chorar, gritar, falar, dizer, viver. Não, eu não estou exagerando. Através da leitura o indivíduo é capaz de realizar sonhos, realizar projetos, realizar fantasias, realizar a alegria.
Quem lê, além de melhorar o vocabulário, adquirir conhecimento e melhorar a escrita, consegue inserir-se no mundo. Vejam que falo de leitura e não de decodificação de letras. Ler é muito mais. Ler é desbravar o mundo, é avançar nas possibilidades, é conhecer muitas verdades, é poder reconhecer uma mentira, é poder fazer parte de um grupo: mundo.
A escola que não possibilita espaços e tempo de leitura está de certa forma, discriminando, desviando o aluno de caminhos literários e libertários. A libertação de um povo começa na educação. Quem não lê não sabe, não vê, não crê. A leitura dá ao cidadão o título de pessoa, tira do indivíduo aquela máscara de ser reconhecido apenas como mais um número de estatística/IBGE. Lendo, o indivíduo passa a existir, verdadeiramente, no mundo.
Portanto, a escola que se esquiva de momentos literários que não permite ao aluno a oportunidade de ter contato com livros e, quem sabe, até escritores, não está desempenhando a sua função educativa, mas vendando os olhos dos educandos com textos didáticos e outras atividades escolares, dizendo que oferece momentos literários.
Sim, concordo que os textos didáticos possuem um fim próprio e que eles são necessários em algum momento da prática pedagógica. Eu sei, além de ser escritora eu também sou professora, mas ler não se restringe a apenas isso. Ler é mais. Ler é muito mais.
Em suma, os momentos de leitura bem desenvolvidos, com obras bem escolhidas, com uma diversidade de ofertas para o ler (jornais, HQs, revistas, livros, etc) são fundamentais para a construção do cidadão crítico e político. Portanto, a leitura é uma ferramenta de construção do cidadão.
Leia, descubra, surpreenda-se e construa a sua própria história.
23/06/2013
Compartilhe
Comentários:
Lendo aprendemos, viajamos, refletimos... Enfim ler é abrir horizontes em nossa mente!!! Parabéns, pelo texto, Cláudia. Lueci Mattos, Viamão, RS29/06/2013 - 23:16
Envie seu comentário
Preencha os campos abaixo.
Cláudia de Villar
Cláudia Oliveira de Villar é natural de Porto Alegre/RS e atua desde 2000 como professora de séries iniciais do ensino fundamental em escola pública estadual. Possui doze livros publicados, sendo dez para o público infanto-juvenil e dois para adultos: Eu também... (Alcance, 2005, infantil), Bola, sacola e escola (Manas, 2009, infantil), Zé Trelelé no Gre-Nal (Manas, 2010, infantil), Uma foca na Copa (Manas, 2010, infantil), Meu Primeiro Amor (Manas, 2011, infantil), Aprendendo a viver e ensinando a sonhar (Manas, 2012, adulto), Rambo, um peixe no fandango (Manas, 2013, infantojuvenil), Mano e a boneca de pano (Manas, 2013, infanto-juvenil, O Mistério do Vento Negro, volumes I e II(Imprensa Livre, 2014-2015, juvenil), Um Continho de Natal(Metamorfose, 2016) e o lançamento de 2018: Histórias para ler no Intervalo ( Metamorfose, 2018). Participou de três antologias, Brasil Poeta (Alcance, 2005), Casa do Poeta Rio-Grandense (Alcance, 2005) e Mercopoema (Alcance, 2005) e uma coletânea de contos, Metamorfoses (Metamorfose, 2016). Além do curso de Magistério, Cláudia é graduada em Letras, especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar. Atua no meio educacional também como mediadora de leitura e, como jornalista colaboradora, a escritora é colunista do Jornal de Viamão/RS, bem como escreve para o portal Artistas Gaúchos, Homo Literatus e Almanaque Literário.
Os comentários são publicados no portal da forma como foram enviados em respeito
ao usuário, não responsabilizando-se o AG ou o autor pelo teor dos comentários
nem pela sua correção linguística.