Há quem pense que as férias fazem parte de um período da vida em quem devemos nos desligar de tudo e de todos. Que as férias foram feitas apenas para largar os nossos corpos numa areia fofa da praia ou em cima de uma cama quentinha. Férias passaram a ser para muitos... Sinônimo de “nada”. Quando dizemos: ‘Estou em férias’ seria como se mandássemos uma mensagem para o nosso cérebro: “Você está em férias, viu! Nada de aprender, de se concentrar, de analisar... Nada de nada!”. Mas será que essa ‘verdade’ enviada para os cérebros é, realmente, uma verdade absoluta? Será que não haverá uma possibilidade para o pensar, o refletir e o ler?
Sim, sim, sim. Afinal, quem já não ouviu a célebre frase: “Ler é viajar sem sair do lugar”? Sim, sim, sim. Férias também podem significar alegria em ler. Muitos podem pensar: “Ah, mas se temos que ler então não são férias”. Eis aí o ponto crucial dessa questão: Quem disse que TEMOS ler? Ler nunca poderá ter esse sentido horrível como algo, obrigatoriamente, chato! Ler deve ser sinônimo de prazer. De aprendizagem por entre as palavras, as folhas, as páginas. Ler é manter os sentidos (todos) em alerta, pois os livros não foram feitos para ficarem mofando em bibliotecas, prateleiras ou algo desse tipo. Livros foram feitos para serem degustados, cheirados, tocados, olhados e, por que não, escutados? Sim... As palavras têm vozes: elas gritam, choram, murmuram, gemem, se expressam sempre e com força. Basta aquietarmos nossos corações e prestarmos mais atenção nos livros.
Portanto, as férias também significam um tempo de leitura. Leitura de um livro, um jornal, um gibi, um caderno de receitas, ou quem sabe, uma leitura de si mesmo? Ler e reler. Ler um livro comprado há meses e ainda não lido. Ir a uma livraria e mudar a rotina, comprando um livro. Permitir-se mudar a rotina. Ler nas praças, no shopping, numa cafeteria, no quintal de sua casa, enfim, permitir-se ler. De repente, quem nunca ‘se permitiu’ poderá descobrir muitas novidades sobre o ato de ler e sobre si mesmo.
Descubra o porquê... O sentido da frase: “Ler é viajar sem sair do lugar”. Ah, e depois compartilhe sua descoberta!
24/07/2013
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Cláudia de Villar
Cláudia Oliveira de Villar é natural de Porto Alegre/RS e atua desde 2000 como professora de séries iniciais do ensino fundamental em escola pública estadual. Possui doze livros publicados, sendo dez para o público infanto-juvenil e dois para adultos: Eu também... (Alcance, 2005, infantil), Bola, sacola e escola (Manas, 2009, infantil), Zé Trelelé no Gre-Nal (Manas, 2010, infantil), Uma foca na Copa (Manas, 2010, infantil), Meu Primeiro Amor (Manas, 2011, infantil), Aprendendo a viver e ensinando a sonhar (Manas, 2012, adulto), Rambo, um peixe no fandango (Manas, 2013, infantojuvenil), Mano e a boneca de pano (Manas, 2013, infanto-juvenil, O Mistério do Vento Negro, volumes I e II(Imprensa Livre, 2014-2015, juvenil), Um Continho de Natal(Metamorfose, 2016) e o lançamento de 2018: Histórias para ler no Intervalo ( Metamorfose, 2018). Participou de três antologias, Brasil Poeta (Alcance, 2005), Casa do Poeta Rio-Grandense (Alcance, 2005) e Mercopoema (Alcance, 2005) e uma coletânea de contos, Metamorfoses (Metamorfose, 2016). Além do curso de Magistério, Cláudia é graduada em Letras, especialista em Pedagogia Gestora e Supervisão Escolar. Atua no meio educacional também como mediadora de leitura e, como jornalista colaboradora, a escritora é colunista do Jornal de Viamão/RS, bem como escreve para o portal Artistas Gaúchos, Homo Literatus e Almanaque Literário.
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