Myrna Cicely Couto Giron
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Sou uma mulher nascida em Pelotas, numa madrugada de agosto, três anos antes do inÃcio da II Guerra. Meu nome foi escolhido por meu pai que o selecionou de uma lista de nomes de artistas de cinema. Acredito que ele gostaria que eu fosse uma. No entanto, o estÃmulo era para as ciências. A paixão pelos livros me fez aprender a ler bastante cedo, e minha estréia em solo foi Reinações de Narizinho. Nunca mais parei de ler. Disse para minha mãe, em segredo, que eu queria ser escritora. Mas ela quebrou o encanto, contando para minha professora.
Pela saúde frágil, ficava com frequência retida em casa. Mesmo gostando de passar tardes em casa de amiguinhas, aprendi também a brincar sozinha. Fabricava bonecas de pano, vestidos e construÃa casas de papelão, e claro, também fazia livros. Assistir no cinema a documentários sobre a guerra, inspirou-me a ideia de fazer um hospital, onde os pacientes (achas de lenha) eram tratados com pomadas e bandagens feitas por mim, a enfermeira. A partir de uma tuberculose pulmonar, adquirida aos dez anos, teve inÃcio uma fase difÃcil, me afastei um pouco do colégio, enquanto assistia minha mãe dando aulas numa escola bem do interior. Nesta época surgiram os médicos como modelos de identificação.
O inÃcio da adolescência em Pelotas. Depois Porto Alegre. Passado o primeiro impacto das múltiplas perdas, cidade, amigas, colégio e professores, houve a compensação na forma dos inúmeros caminhos que se descortinavam. O primeiro curso foi de Artes Plásticas, no antigo Instituto de Belas Artes. Sabia que não seguiria carreira no caminho das artes, mas foi uma importante experiência de aproximação com o Belo, através do contato com os professores e os livros de arte que nos eram apresentados. Hora do vestibular. Absoluta dúvida: Medicina, Arquitetura, Direito? Era necessária uma opção. Fiz Odontologia. Logo que comecei a trabalhar na profissão fui estudar Psicologia. Pouco depois casei, mudei para o Rio de Janeiro, retornei para Porto Alegre, tive três filhas e fiquei viúva. Tudo em rápida sequência. Durante muitos anos trabalhei ao mesmo tempo nas duas áreas para as quais estava habilitada. Fiz mestrado em Psicologia ClÃnica. Foi então que se iniciou a carreira como professora do Instituto de Psicologia da PUCRS. Ali permaneci por 23 anos. Gosto de ser professora. Por isto continuo a sê-lo no Instituto de Terapias Integradas, o ITI. As incursões no campo das artes visuais (escultura) ou na literatura, aconteceram no entretempo.
Como profissional exerci muitos cargos: Conselheira Federal do CFP, membro de comitês da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul, a SPRGS, Coordenadora de Comitês desta mesma Sociedade, Presidente e, mais recentemente, Editora da Revista da SPRGS.
Agora me permito fazer o que gosto e quando tenho vontade. Adoro viajar, conhecer lugares novos e falar outras lÃnguas, o que permite conhecer pessoas de outras culturas.
Além de minha famÃlia, mãe, um casal de irmãos e filhas, hoje ampliada com cunhados, três genros e quatro netos, participo de vários grupos de amigos, alguns com pessoas as quais conheço há mais de cinquenta anos! Outros, ao redor de 20 ou 30 anos. É um luxo poder conservá-los todos ao longo dos anos. Admiro, respeito, e acima de tudo, sou amiga dos meus amigos. São eles que apoiam nas horas difÃceis, que emprestam os ombros e os ouvidos, que me conhecem bem profundamente, e me aceitam com minhas limitações. Além do afeto e da confiança, eles também sabem que podem contar comigo incondicionalmente. Acho que tudo valeu a pena, tudo me ajudou a ser gente!
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