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Elisabete Belotto, 1961, Gramado-RS. Formada em Arte na Diversidade, pelo Centro Universitário FEEVALE, em Novo Hamburgo, onde reside há mais de 40 anos e possui seu atelier, faz pesquisas e renova seus conhecimentos em diferentes áreas e técnicas das artes plásticas (fotografia, gravura, xilogravura, desenho e outras). A artista integra o grupo Arte 15 (São Leopoldo) e a Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa (POA); participa como arte-educadora no Grupo Mentes Coloridas (Novo Hamburgo), faz oficinas em escolas estaduais e municipais, e também workshops privativos e educacionais. Tem seus trabalhos no Brasil e exterior, e já participou de vários salões e exposições. Em suas obras predominam os abstratos em grandes proporções, numa linguagem solitária e de introspecção. Seu trabalho atual traduz a busca de um novo material, resultando na utilização de lona de caminhão usado, como suporte, considerando em suas obras o velho, o sujo, o rasgado, o enferrujado e todo o processo de “re-estabelecer” e transformar algo já descartado em um novo olhar. Uma alternativa que demonstra sua preocupação com a preservação da natureza e expressa a contemporaneidade da sua arte. Para a artista, trabalhar com materiais reciclados possibilita transcender sua arte, pois permite aperfeiçoar cada vez mais suas técnicas e contribui para o estímulo da consciência crítica do seu público. Elisabete acredita que transformar um material considerado lixo em arte é, além de poupar a natureza, ter a oportunidade de mostrar para as pessoas que podemos transformar as coisas “feias” que já foram descartadas, em arte contemporânea bela, preservando também a pintura, que está sendo ignorada por muitos artistas.

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