Beto Gonzales
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O olhar do padre Roque Gonzales tinha um composto de paz e candura que desarmava a violência. Foi considerado como ameaça pelos Ãndios e morto pelas costas devido à impossibilidade de encarar o seu olhar e reagir hostilmente. A cidade que o homenageia fica nas Missões, região noroeste do RS, na fronteira com a Argentina, perto do rio Uruguai.
Gilberto foi criado nesta cidade sob influências das milongas, vanerões, chamamés, valsas e MPB. Mãe professora, pai músico e granjeiro e uma infância livre e tranqüila compunham o cenário deste artista: introspectivo e contemplativo. Assim começa timidamente arranhar um violão e soltar a voz em festinhas. Aos 18 anos muda-se para BrasÃlia e quando batia a saudade abraçava o violão ou a gaita de botão. Destes encontros começaram a brotar letras e melodias, enquanto se preparava para fazer psicologia. Surgiu então a necessidade do pseudônimo e enquanto procurava algo significativo em sua memória percebeu que, como músico e psicólogo, precisaria muito daquele olhar do Padre Roque. O Beto do Gilberto e o Gonzales da cidade pactuaram sua identidade: Beto Gonzales.
Utiliza a música na psicologia (musicoterapia) e a psicologia na música, tentando captar o campo de energia do momento para selecionar o melhor repertório e adora tocar para dançar. “Sinto através da representação fÃsica estampada nos olhos e nos movimentos dos dançarinos uma emoção prazerosa e intensa, como se naqueles momentos nada mais existisse, nem o tempo, o calor, o frio, nenhum julgamento, apenas ritmo e harmonia”. Djavan resumiu maravilhosamente: “Cantar é mover o dom”. Complementando, é mover o olhar, a alma e o coração.
Gonzales atua em festas particulares e em bares dançantes (Bolero Dancing Club - 102 Norte, BrasÃlia) onde navega num repertório universal: forró, bossas, serestas, samba, etc. Apresenta-se também em feiras como a Expotchê e outros eventos ligados a cultura Latina. Gonzales tem 6 cds solos, todos gravados em BrasÃlia.
Em 1994 gravou no Zen Stúdio o disco Outra face, em parceria com o hermano Alex Paz, que o acompanha em todos seus cds e que teve participação de Célia Porto. Em 1998, também no Zen Stúdio, gravou o cd Sul de mim com participação especial de Renato Borguetti e João Máximo, lançado no Sul pela gravadora USA Discos.
Em 2000 saiu o CD latino Buenos Tiempos, com o bandoneonista Agenor Ramos a presença da velha guarda musical de BrasÃlia, entre eles o saxofonista Madruga, Carlinhos 7 Cordas e o saudoso Primo Peixoto, obra que revisita tangos, boleros e músicas gaúchas. Em 2002 lança pela gravadora Agevê o CD Gaúcho Cigano, dedicado para a colônia sulista espalhada pelo Brasil. Em 2004 gravou o CD Cancioneiro, com o melhor das músicas latina e norte-americana.
Em 2005 retoma o repertório gaúcho em parceria com o conterrâneo Alfredo Bessow e com compositora mineira Sandra Fernandes e lança pela gravadora ACIT o CD Bem à vontade, onde se permite, juntamente com o sempre companheiro, acordeonista e compositor João Máximo, viajar nas influências adquiridas em contatos com as várias denominações musicais adquiridas em parcerias.
Em 2007, com o paraguaio Roberto Baez, retoma o repertório latino com boleros, chá-chá-chás e rumbas. Beto costuma dizer que usa a música na psicologia e a psicologia na música ao selecionar repertórios que agradem aos ouvintes, e gosta muito de tocar para dançar. Por isso, hoje trabalha juntamente com casais de dançarinos para alegrar e dinamizar os eventos, incentivando o público a se soltar.
Atualmente dedica-se mais à sua veia de compositor. A música “Na onda do xote” feita em parceria com Alfredo Bessow e João Máximo, foi gravado no Recife pelo grupo de forró Maria Fulô, homenageando Luiz Gonzaga e o Catarinense precursor da música gaúcha Pedro Raimundo.
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